CORREIO DO BRASIL: Dilma na ONU: perdeu, cowboy! “Especialistas” brasileiros não gostam

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QUERIDOS (AS)  INTERNAUTAS
Como escritor bissexto deste blog e ainda pela relutância do administrador do blog, amigo Reginaldo, em dar o ar de sua graça, ousamos enviar esta postagem.
Nosso blog tem um grande compromisso: A IMPARCIALIDADE. Partindo desta premissa vamos repercutir matérias que a grande mídia, o PIG (Partido da Imprensa Golpista) que tem como associados os Jornais O GLOBO, o Estadão, a
FOLHA de SÃO PAULO, as revistas VEJA (com licença da palavra), ISTOÉ, ÉPOCA e ainda a TV GLOBO e suas afiliadas e dezenas de blogs sujos comprometidos com altos interesses reacionários , não divulga.
LEIAMOS A MATÉRIA PUBLICADA NO SITE DO CORREIO DO BRASIL. Para conferí-lo basta clicar no título da matéria e  para ler o  CORREIO DO BRASIL basta clicar no link.  Naquele portal da democracia poderão ler artigos inéditos que a grande mídia não publica. 
Sem mais delongas leiamos o artigo do jornalista RODRIGO VIANA.

24/9/2013 22:19

Por Rodrigo Vianna - de São Paulo

Dilma foi à ONU e fez o esperado de uma presidenta que defende o interesse nacional: espinafrou Obama pela espionagem ao Palácio do Planalto, à Petrobrás e aos brasileiros em geral. Perdeu, cowboy! Não estamos no velho oeste. Ou estamos?
Dilma não fez isso por ser de “esquerda”. Dos últimos presidentes brasileiros, creio que quase todos fariam o mesmo, com mais ou menos ênfase: Sarney, Itamar, Lula, até Collor. Quanto a FHC, não sei, sinceramente.
Tão esperada quanto a postura altiva de Dilma foi a reação de certos “especialistas” ouvidos por nossa imprensa. Terminado o discurso da presidenta, ouço numa rádio em São Paulo um jovem “especialista” em relações internacionais. A avaliação dele é a seguinte (não são palavras textuais; resumo o que escuto enquanto dirijo pelas ruas engarrafadas): “tanto faz o conteúdo do discurso, fale o que quiser a presidenta isso não muda nada, espionagem é algo comum e vai ser sempre assim”. O jornalista da rádio, timidamente, insiste: “mas aí não seria tomar a atitude errada como normal?”. E o “especialista” (da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing; não consegui anotar o nome dele) responde: “não, veja, querer acabar com espionagem é como querer proibir o drible no futebol.”
Sofista. Da pior qualidade. Que bobagem colossal. Não, caro especialista, sua metáfora está equivocada. Se quisermos manter o debate no campo do futebol, eu diria que aceitar a espionagem como “normal” ou “comum” seria como dizer assim: “todo jogo de futebol sempre vai ter cotovelada, ou juiz comprado; então, é besteira reclamar; o negócio é dar cotovelada ou comprar o juiz também.”
Já houve um tempo, caro especialista, em que o mundo aceitava como “comum” a tortura. Ah, se todos torturam na guerra, vamos fazer o mesmo então? Não. O mundo caminhou para estabelecer tratados que tentam banir a tortura. O caminho é longo, mas o princípio foi estabelecido.
Não à barbárie. Sim à defesa do interesse nacional. Nada melhor do que uma presidente que já sofreu tortura de um regime autoritário para dar esse “chega pra lá” no vale-tudo. Sim, a presidenta que “não pode entrar nos EUA porque é terrorista” (lembram como ouvíamos isso em 2010, durante a campanha?) foi à ONU e disse o que os Estados Unidos não queriam ouvir: alto lá, vocês não podem tudo!
Da mesma forma, o uso das armas químicas poderia ser encarado como “normal”. Ah, não adianta reclamar, certo? É uma arma à disposição, todos vão usar – certo? Nem Obama pensa assim (ainda que saibamos que a censura ao uso das armas químicas na Síria, por parte do EUA, seja hipócrita, já que Obama tolera armas químicas, desde que estejam nas mãos “certas”). Mas vale o mesmo raciocínio: o mundo concordou que é necessário criar regraas para evitar o uso das armas químicas numa barbárie total.
O argumento do “especialista” da rádio é o da guerra de todos contra todos. É o vale-tudo. Na verdade, é apenas um sofisma para minimizar a ação altiva de Dilma, e para justificar a posição que durante tantos anos adotamos aqui no Brasil: “ah, os EUA são mais fortes; aceitemos a realidade, e tiremos os sapatos pra eles”. Nas redes sociais e nas ruas, esse mesmo pensamento encontra algum eco. É o servilismo travestido de “pragmatismo” rastaquera: o mundo é assim, que fazer.
A naturalização do uso da força já serviu pra justificar escravidão (“o mundo é assim, há senhores e escravos”), e a manutenção do domínio colonial (“o mundo é assim, há povos que nasceram para comandar, outros nasceram pra ser comandados). Ouvir essas bobagens de um inglês do século XIX ou início do século XX seria até compreensível: estaria defendendo os interesses do Império Britânico. Ouvir isso de um “especialista” brasileiro no século XXI é a constatação de que o caminho para a libertação nacional é longo. Os principais inimigos estão aqui dentro: nas universidades, na mídia, nas classes médias que compram o “ah, isso é normal, os EUA têm mais é que espionar mesmo”.
Raciocínio subserviente; e tosco, além de tudo. Porque, se é verdade que a espionagem não vai acabar, parece óbvio que a melhor forma de criar algumas regras para evitar a barbárie completa nessa área é constranger o “espião”. Constranger o mais forte, às vezes, é uma forma de tornar o mundo menos bárbaro. Expor e denunciar o uso abusivo da força é uma estratégia inteligente e necessária. Foi assim que as mulheres conseguiram impor leis que penalizam aqueles homens que usam a força para cometer abusos sexuais. No passado, o abuso era tolerado dentro de um casal (“normal”, o marido ou parceiro é mais forte, fazer o que…).
Para concluir, uma ressalva: precisamos, sim, lutar contra a barbárie do vale-tudo no campo da informação e da comunicação; mas devemos estar preparados para o caso da barbárie internacional se impor. Ou seja: devemos denunciar o vale-tudo dos EUA, e ao mesmo tempo devemos equipar nosso Estado, criando sistemas de inteligência dignos desse nome. Enquanto o antigo SNI (ABIN) seguir a concentrar esforços na espionagem de movimentos sociais (sindicatos, MST etc.), em vez de defender o interesse nacional, estamos fritos.
O mundo precisa criar regras para frear a arrogância dos Estados Unidos. Isso não é anti-americanismo. Isso é o óbvio ululante, se buscamos um mundo melhor. Gostem ou não nossos jovens “especialistas”.
Rodrigo Vianna é jornalista, editor do blog O Escrevinhador.

Obs do blog:

Nos comentários deste artigo honesto, dezenas de alienados americanalhados defendem a espionagem feita pelos imperialistas.
Leia o outro lado da notícia e forme sua opinião.
Para ler notícias que não saem da grande mídia acessem os sites da mídia independente:
Correio do Brasil
O Escrevinhador
Conversa Afiada
Carta Maior
Carta Capital
Blog da Cidadania



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Pergunta que não quer calar:
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AFINAL QUE POVO É ESTE ?

Fiquemos com  Castro Alves:
Existe um povo que a bandeira empresta 
P'ra cobrir tanta infâmia e covardia!... 





FECLESC TRINTA ANOS: TODOS NÓS FAZEMOS PARTE DESSA HISTÓRIA.

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POSTAGEM ESPECIAL EM HOMENAGEM À IMORTAL FECLESC


QUERIDOS AMIGOS E QUERIDAS AMIGAS DA FECLESC, COLEGAS PROFESSORES, CARÍSSIMOS FUNCIONÁRIOS E ESTUDANTES DE TODAS AS GERAÇÕES
Não permitiu o destino que estivéssemos com vocês neste momento de ímpar de confraternização. Enquanto transcorre a comemoração de 30 anos da FECLESC estaremos acompanhando uma intervenção cirúrgica de nossa companheira no Hospital Gastroclínica. Eis a razão de nossa ausência.
Impossibilitado de abraçá-los pessoalmente vamos deixar aflorar livremente alguns sentimentos, sem restrições e sem censuras.
Sentimos saudades daqueles tempos venturosos em que tivemos o privilégio de servir, através da FECLESC, à comunidade do Sertão Central.
Mergulhamos em um mundo de reminiscências. Lembranças felizes de nossas conquistas: o reconhecimento dos cursos, da criação formal da FECLESC junto aos colegiados superiores da UECE, a aprovação de seu estatuto, a construção dos laboratórios iniciada pelo prof. William Guimarães e apropriados de maneira indébita pela SECITECE para abrigar outra instituição. Lembramos também a criação dos jogos das Faculdades do Interior, inaugurados em Quixadá e que tiveram  sua última apresentação também em Quixadá. A criação do primeiro clube de Xadrez de Quixadá aconteceu na FECLESC por iniciativa do aluno Eurides da Justa Neto e formou mais de cem enxadrista durante sua existência. No seu pioneirismo em defesa da Interiorização a FECLESC comandou a luta pelo reconhecimento dos cursos de Quixadá, Itapipoca e Crateús, criou o Encontro das Faculdades do Interior, sediou o Primeiro Encontro Cearense de Estudantes de História coordenado pelo CALHA sob o comando da querida Francisca Nobre. Em pouco mais de quatro anos (1987-1992) a FECLESC desenvolveu mais atividades de extensão universitária que os Centros de Fortaleza, conforme registram os anais da PROEX.
A FECLESC  é hoje uma instituição maiúscula, brava, teimosa e resistente como o povo do Sertão, ao qual ela serve. Nada, absolutamente nada do que ela significa, foi obtido como concessão ou expressão da generosidade de um eventual detentor do poder. A FECLESC  é fruto de uma  luta, insana, de muita batalha. A FECLESC é o produto ainda inacabado de uma construção coletiva.
A nossa FECLESC  é hoje um patrimônio inegociável e indelével do povo cearense. Está  enraizada e não acampada, no Interior do Estado, servindo, de maneira competente, às comunidades, ministrando cursos regulares de graduação, sem franquias e sem terceirizações É este o seu grande diferencial.
A FECLESC e a demais faculdades do Interior também não são dádivas. São conquistas da suas comunidades. Na maior parte dos casos, a Universidade agregou patrimônio: os prédios e toda a infra-estrutura, como nos casos de Quixadá, Iguatu e Limoeiro. Nas várias ocasiões em que a indébita ingerência politiqueira tentou impor interesses subalternos no processo de interiorização da UECE, ocorreram fracassos retumbantes. Hoje, os nossos ex-alunos estão nas escolas atuando como professores, substituindo profissionais de outras categorias que até há pouco tempo ocupavam aqueles espaços. E as conseqüências da Interiorização da UECE se manifestam na mudança de hábitos, na transformação de costumes, na cobrança que a sociedade faz dos poderes públicos, na organização popular, no exercício da cidadania. E ainda que a expansão da UECE tivesse “apenas melhorado o nível do papo de botequim”, como dizia o amigo e entusiasta da interiorização Paulo Petrola, de saudosa memória, já teria valido a pena. E a FECLESC  fez muito mais...
Na época crucial das incertezas criamos o refrão O SERTÃO VAI SER DOUTOR. E o Sertão se fez doutor através de nossas crias Joana Adelaide Cabral Moreira, Gilberto Dantas Saraiva, Altemar Muniz e João Luzeilton (ex-alunos nossos) e tantos outros,

Na esteira de tantas recordações registramos aqui a nossa gratidão aos que nos conduziram à direção da FECLESC em duas eleições consecutivas em 1987 e 1988 e, colaborando  com a nossa administração, se fizeram protagonistas de muitas batalhas vitoriosas.
Agradecemos aos colegas professores que estiveram na luta desde o início como Yvone Cordeiro Barbosa, Carlos Jacinto de Oliveira e a saudosa amiga Vânia Facó que foram os primeiros coordenadores. Aos que nos ajudaram a criar as licenciaturas plenas de ciências como Miguel Leitão, Carlos Jacinto e José Maildo. Aos professores Luiz Oswaldo, Verônica de Paula (in memoriam), Socorro Lucena pelo compromisso com os cursos de Pedagogia e História. A todos os demais professores que, comprometidos com a FECLESC, tornaram nossa tarefa mais suave. Sem esquecer a inestimável contribuição do prof. Artur Pinheiro que foi nosso vice-diretor na segunda administração.
Lembramos ainda que coordenaram com extraordinária competência o concurso público de professores que teve suas 13 vagas multiplicada,  profs, Jacinto, Artur e Santiago
Refiro-me agora aos funcionários como, o sr. Paiva e o sr.Pinheiro, já falecidos e o velho Badel merecedores do nosso respeito pelo fidelidade à Instituição. E, na sequência, quero lembrar com saudade e ternura dos nossos anjos da guarda, das nossas rosas, Rosália, Dília, Ana, Carmen, Cieda, D.Socorro.
Não poderíamos esquecer os queridos estudantes do CALO representados pelo saudoso e combativo Miguel Peixoto, a Sheila Gonçalves, os estudantes do CALHA entre eles Francisca Nobre, Socorro Holanda, Cristiano Goes, Reginaldo Barbosa, João Álcimo e os dirigentes do CACISC Evaneusa Vidal, Carlos Osmar que criaram o cursinho pré-vestibular da FECLESC e administraram a Feira de Ciências do Sertão Central durante alguns anos.
Os jogos das Faculdades do Interior são uma invenção da FECLESC e surgiram de uma reivindicação dos estudantes Rinaldo Roger, Paulo Ângelo e Chiquim Saraiva.
Organizados em seus Centros Acadêmicos os estudantes tiveram uma participação expressiva em todos as batalhas travadas e são credores de nossa eterna gratidão.
Dos estudantes recebemos inúmeras manifestações espontâneas de carinho e alguns presentes. Dois deles  nos tocaram o fundo do coração: uma bengala e um banco plantado nos jardins da Faculdade, próximo à cantina. A bengala guardo comigo até hoje porque um dia talvez tenha alguma serventia. Quanto ao banco, está por  aí a espera que algum arqueólogo possa retirar a camada cinza que cobre a sua inscrição.

Neste ponto queremos registrar nossa melhor homenagem aos pioneiros da FECLESC sobretudo ao seu iluminado inventor esse inquieto amigo Luiz Oswaldo que nos apoiou no nosso ingresso e durante todo o tempo em que estivemos na direção da FECLESC. Homenageamos também membros da comunidade local como o Deputado Everardo Silveira que negociou com o governador Gonzaga Mota a encampação da Unidade de Quixadá à UECE, o ex-prefeito falecido Aziz Baquit pelo empenho na construção do prédio e o Sr, Joaquim Gomes (Quinzinho) e seus familiares pela doação do terreno que abriga a  FECLESC.
Não poderíamos aqui esquecer a contribuição valiosa de Rachel de Queiroz e da pró-Reitora Solange Rosa ao longo do processo e também junto ao Conselho Federal de Educação.
Homenageamos ao final os ex-diretores que nos antecederam prof. Luiz Oswaldo, profa. Laudícia Holanda, prof. William Guimarães, ao prof. Artur Pinheiro que nos sucedeu, a todos que ocuparam a direção da FECLESC, de modo especial a atual direção integrada  pelos profs. Jorge e Claudia Régia, pelo zelo com que cuida da expansão e manutenção do patrimônio.

Agora vamos fazer uma reflexão
O que fazer para sobreviver com dignidade e preservar nossa Universidade isenta das tentações, das más influências de suas congêneres que já ingressaram no caminho perverso da privatização? 
Não temos fórmulas mágicas. No nosso cotidiano, aprendemos a provocar algumas reações químicas de pequena dimensão e até a exercer sobre elas um controle relativo. Mas, não temos fórmulas mágicas, sejam elas do acervo da química ou dos alfarrábios da alquimia. Aprendemos a lutar, em todos os tempos, contra o arbítrio, contra a humilhação, mas os cenários se modificaram. A FECLESC  tem hoje, sem nenhuma sombra de dúvida, um considerável capital intelectual, construído a duras penas. Construído, via de regra, pela dedicação e o desprendimento de cada um de seus mestres e doutores. A academia, celeiro de mentes privilegiadas deve buscar soluções, abrir caminhos. Este é seu papel indelegável. E para todos os, sujeitos da história, temos lembrado uma frase singela e verdadeira do saudoso padre Antonio Vieira (o nosso, o autor do antológico O Jumento, nosso irmão): “Não podemos ser como o boi que se deixa arrastar para a morte porque desconhece a força que tem”.
Unidos estudantes, professores e servidores serão imbatíveis na construção de um projeto eficaz, na elaboração de estratégias que possam fortalecer a nossa Instituição. Não podemos cultivar o silêncio obsequioso, mas, mesmo praguejando contra a escuridão, é necessário e fundamental acender uma vela para espantar as trevas da insegurança e da incerteza... Mais que nunca devemos fazer valer o dístico da UECE Lumen ad Viam.
Há muito ainda por fazer, para transformarmos coletivamente a UECE que temos na UECE que pretendemos ter e por quem a sociedade cearense espera ansiosamente. Há necessidades básicas que precisam ser atendidas urgentemente no que tange à melhoria da infra-estrutura, dos laboratórios, dos equipamentos esportivos, das bibliotecas, do investimento na assistência estudantil, da ampliação do valor e do número de bolsas de trabalho e de iniciação científica, de ações efetivas de extensão universitária, sobretudo no entorno dos vários campi da UECE, na capital e no interior. O progresso e desenvolvimento do interior do Estado estarão subordinados, de maneira inequívoca ao redirecionamento das ofertas e à criação de novos cursos de graduação que atendam às vocações naturais e demandas crescentes da população das comunidades onde a nossa universidade está implantada. Mas todas essas ações quedarão invariavelmente natimortas e sepultadas nas boas intenções, se não houver a comunhão de todos os agentes, do reitor e de seus assessores, de funcionários, professores e estudantes. Convergência de interesses e o resgate da dignidade dos diversos atores que compõem nossa universidade. Fundamental e imprescindível é a vontade política dos governantes e seu comprometimento com a sagrada causa da educação e da emancipação do povo sofrido do nosso Estado.
Estamos aqui em um momento solene de afirmação de nossa FECLESC. São trinta anos de sobrevivência altiva. Mas não podemos sufocar nossa indignação. É uma imposição de nossa consciência de cidadão livre reagir contra a arbitrariedade. O governo do estado asfixia a universidade e critica a criação de seus mestrados. Suprime,  através de manobras sub-reptícias direitos trabalhistas consagrados pelo Supremo Tribunal Federal. Essas atitudes  nos trazem perplexidade, desconfiança, insegurança e caracterizam uma inominada violência contra a categoria
 Mas, não é hora de desânimos, de desencantos. É hora de superação. Esta é a palavra. É a chave. É a saída. Mais que nunca é preciso acreditar! Mas que nunca é preciso lutar! Reverter com talento e obstinação o quadro de incertezas.
Acodem-nos aqui algumas frases do discurso de Chaplin, em O Grande Ditador:
“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido”.
Vamos concluir convidando a todos e a cada um para cultivar uma grande utopia, construir um Ceará mais digno, um Brasil mais justo, um mundo melhor, como propôs um dia  Herbert de Souza, o Betinho, um cidadão, um visionário semeador de utopias:
“Utopia? Sim, pode ser, mas que pode se transformar em realidade. Afinal nascemos para isso, para superar os limites e as situações que nos desumanizam e encontrar caminhos da nova humanidade, aquela que construímos com a nossa ação, da cidadania, da democracia. Com a miséria e a violência a democracia é uma mentira. E sem a democracia a vida civilizada é impossível”.  
Vamos pluralizar o slogan da festa. Afinal, velhos e novos, componentes de todas as gerações, somos todos protagonistas. A     FECLESC É PRODUTO DE UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA. Assim poderíamos registrar: “NÓS TODOS FAZEMOS PARTE DESSA HISTÓRIA”.

O destino, repetimos,  privou-nos deste momento ímpar de confraternização. Na impossibilidade de abraçar pessoalmente a cada um de vocês desejamos, de coração, muitas felicidades. Felicidades! Parabéns FECLESC querida!

DO BAÚ: SAUDADES DA FECLESC, A PIONEIRA

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AMIGOS DO SERTÃO CENTRAL
Este artigo foi publicado no jornal O POVO por ocasião da comemoração dos vinte anos da inauguração da imortal FECLESC.



FECLESC 20 ANOS: NÓS TAMBÉM FAZEMOS PARTE DESSA HISTÓRIA

A História é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos (Cícero, político e orador romano – De Oratore)

 Ao comemorarmos vinte anos de vida produtiva da FACULDADE DE EDUCAÇÃO CIENCIAS E LETRAS DO SERTÃO CENTRAL, aflige-nos uma preocupação suscitada por alguns trabalhos recentes de professores, estudantes e pessoas da comunidade que cuidam da sua história. Sob diferentes olhares, foram escritos alguns relatos e algumas avaliações. Há quem credite o surgimento da Unidade Acadêmica Quixadá às condições objetivas, aspectos circunstanciais ou a uma espontânea arrancada da expansão e da interiorização do ensino superior. O reconhecimento dos cursos decorreria de ingerências de caráter pessoal e afetivo junto ao Conselho Federal de Educação. A criação da Faculdade nos Colegiados Superiores, a elaboração e a aprovação do seu regimento seriam apenas gestos de magnanimidade da Administração Superior.
Não negamos os apoios eventualmente costurados e obtidos por nós, pois fizeram parte de nossa estratégia. Queremos apenas que sejam registrados na sua verdadeira dimensão. O matreiro político mineiro José Maria Alckmin dizia que mais importante que o fato é a versão. E alguém, mais contundente, iria além ao afirmar que “nem Deus pode mudar o passado, mas, alguns historiadores mudam”. Em nome da justiça e do resgate da verdade lançamos aqui um repto aos que escrevem a história da FECLESC e que estavam ausentes na hora do sofrimento. Procurem seus personagens, seus atores, quase todos vivos e lúcidos. Entrevistem-nos. Pesquisem nos jornais de Fortaleza, nos arquivos bem organizados da FECLESC, observem as fotografias, leiam os ofícios, os informativos, os relatórios de atividades de 1987 a 1992 e os anais da PROEX.
Não há como confundir fatos tão recentes e tão vivos na memória. Não há como negar a participação marcante dos pioneiros da comunidade como o prefeito Aziz Baquit, o deputado Everardo Silveira, o Sr. Joaquim Gomes da Silva, -Quinzinho - e tantos outros. Como minimizar a contribuição inspirada e criativa do professor Luis Oswaldo, o fundador da FECLESC? Como tentar apagar os rastros dos primeiros coordenadores voluntários Carlos Jacinto, Ivone Cordeiro e Vânia Facó? Como esquecer os pioneiros professores Miguel Leitão, José Maildo, Josete Castelo Branco, Socorro Lucena, Belisa Veloso, Glória Diógenes, Laudícia e William Guimarães que foi diretor pró-tempore e lá permaneceu durante 19 anos? Como obscurecer o trabalho da inesquecível e querida Verônica de Paula?  Como esquecer o trabalho de tantos outros devotados colegas? Como esquecer a participação efetiva dos funcionários Dilia, Rosália, Carmen, Ana Lúcia, Maria, Cieda, Sr. Paiva, Sr. Pinheiro e os demais? Como ignorar a coragem das lideranças estudantis dos Centros Acadêmicos de História, Pedagogia e Ciências representadas por Miguel Peixoto, Francisca Nobre, Cristiano Góes, Evaneusa Vidal, Carlos Osmar, Ricardo Carneiro, Mary Sindeaux, João Álcimo, Chiquinho Saraiva, Mazé Almeida, Joana Adelaide, Calistamar,José Enídio, Rinaldo Roger e tantos outros?
Participamos de muitas articulações. Discutimos exaustivamente todas as nossas questões em assembléias gerais com a comunidade do Sertão, porque essa era nossa prática. Fomos às ruas em passeata para sensibilizar a comunidade quixadaense que nunca nos faltou com o apoio. Por duas vezes ocupamos literalmente espaços do Itaperi com professores e estudantes da FECLESC reivindicando concurso para docentes e respeito à Instituição. Transformamos o CEPE e o CONSU na nossa tribuna privilegiada. Quando foi necessário e oportuno denunciamos o desinteresse, as perseguições e o boicote da Administração Superior da UECE e do governo do Estado através da grande imprensa onde fomos noticia por mais de 80 vezes no período (1986-1992). Na hora precisa negociamos com altivez e saímos vencedores. A nossa luta baniu as expectativas pessimistas, assegurou o reconhecimento dos cursos e a construção dos laboratórios (com recursos angariados na região e depois com a contribuição do governo do Estado), criou a Faculdade nos Órgãos Colegiados da UECE e lá provocou a aprovação do regimento que nós mesmos elaboramos e votamos em assembléia geral. Em quatro anos executamos mais atividades de extensão que todas as demais unidades da UECE. Em Quixadá fortalecemos a interiorização criando os Encontros das Faculdades do Interior e os Jogos Universitários da UECE...
A FECLESC no seu tempo de implantação e consolidação jamais barganhou a sobrevivência usando como moeda de troca a subserviência ou os acordos espúrios. A superação de entraves na fase mais difícil não é decorrência da generosidade, do voluntarismo, da determinação pessoal de nenhuma iluminada autoridade. É conseqüência natural do comprometimento, da luta sem tréguas de um punhado de funcionários, de uns poucos professores e de muitos estudantes e membros da comunidade do Sertão Central, irmanados pelo sentimento de defesa de seu maior patrimônio, espaço de construção da cidadania. A luta de seus pioneiros, uma grande empreitada pedagógica, legado exemplar para a posteridade, garantiu-lhe a credibilidade, tornando-a imbatível e imortal. A despeito de versões aligeiradas, desinformadas e personalistas, da tentativa frustrada de manipulação de fatos e das interpretações equivocadas do processo de construção da FECLESC, a História e a memória da gente valorosa e digna do Sertão, certamente farão justiça aos seus verdadeiros protagonistas.

 Gilberto Telmo Sidney Marques - Professor e ex-diretor da FECLESC

  Carta ao editor do jornal do Leitor sr. José Raimundo Costa já falecido. 


PREZADO SR. COSTA

Em primeiro lugar cumprimento-o desejando um FELIZ ANO NOVO pleno de muitas realizações. Estou enviando uma terceira versão do artigo FECLESC 20 ANOS: NÓS TAMBÉM FAZEMOS PARTE DESSA HISTÓRIA.
O Sr. já deve ter percebido o meu interesse na publicação deste artigo. Trata-se de homenagear uns poucos pioneiros que muito fizeram pela consolidação da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC) e que hoje, de maneira injusta, estão sendo esquecidos pelos “historiadores”. Tenho insistido pois quero resgatar uma dívida impagável.   
Compreendendo sua preocupação com o espaço precioso do Jornal do Leitor, reestruturei o artigo. Diminui para 59 linhas. A fonte que uso é ainda menor que a usada pelo Jornal O POVO.
Diante desse esforço, solicito encarecidamente a manutenção do texto integral com a citação inicial de Cícero  e, conforme o entendimento anterior a sua publicação no dia 12.01.2003.
Agradeço mais uma vez a sua generosa compreensão
Fortaleza, 3 de janeiro de 2003
  
ATENCIOSAMENTE


GILBERTO TELMO SIDNEY MARQUES
R.G. 9.303.254  - Matrícula: 2005-1-4 (UECE)
Endereço: Rua Osório Palmella, 200 ap. 1202. - Bairro Varjota
60.150-200 – Fortaleza – Ceará- fones: 267-2306 e 9998-7667

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO: ADVOGADO DENUNCIA MANOBRAS DE DESACATO ÀS ORDENS JUDICIAIS

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AMIGOS QUIXADAENSES:

Na edição de ontem do jornal O POVO há uma matéria de página inteira elaborada pelo advogado José Joaquim  Mateus Pereira que refuta acusações da PGE e cita como exemplo de autoritarismo as ações  contra a reimplantação do PISO SALARIAL dos professores das IES estaduais. Por questões de espaço e para não tornar a leitura cansativa, vamos reproduzir alguns trechos da matéria. Quem quiser ler a matéria na íntegra poderá fazê-lo na edição impressa do jornal O POVO, página quatro ou no link do título da matéria.

O autoritarismo e o desrespeito às partes e aos juízes e desembargadores como postura continuada da Procuradoria Geral do Estado do Ceará (P.G.E.)
6. Há mais de trinta anos tem sido comum à PGE incentivar às autoridades administrativas de sua burocracia estatal a desrespeitar e desobedecer às decisões judiciais. A Procuradoria Geral do Estado (cujo titular em cada Governo, sempre sonha em ser Desembargador do TJ, como prêmio por sua subserviência e servilismo) tem por postura a insensibilidade com a condição humana de seus servidores que com ela litigam.

7. Os burocratas do Estado, da PGE e do QCG da PM, consideram um absurdo que algum cristão se dirija à Justiça em busca de algum direito. Nunca fazem qualquer tipo de acordo, por mais cristalino que seja o direito disputado pelo servidor. Cerca de 85% dos processos que enchem as prateleiras do Forum e do TJ têm como causa um ato ilegal da Administração Pública. Quase sempre o Estado é derrotado, no 1º grau, no 2º grau (TJ) e ainda no (STJ e STF).
8. Vejam o exemplo dos professores da UECE – que litigam com o Estado há 27 anos. Já ganharam em todas as instâncias, inclusive nos tribunais superiores, mas o Estado e a PGE insistem em não pagar aos seus professores universitários. Quem dirá a pobres soldados de Polícia. Diga-se a tal respeito que o atual Procurador Geral do Estado foi já reconhecido nesse dito Processo dos Professores da UECE, como litigante de má fé. Ele sim está respondendo a procedimento ético-disciplinar junto a OAB/CE, conforme publicado no JORNAL O POVO do dia 17/01/2013.

10. Qual o Juiz ou Desembargador do Poder Judiciário cearense ou mesmo STJ e STF que nunca teve uma ordem contrariada (DOC. 12), desrespeitada ou cujo cumprimento foi protelado pelo Administrador Público? Se o mandado judicial não constar uma pena de multa pessoal à autoridade administrativa, ou uma ordem de prisão, pode-se ter a certeza do chamado “chá de gaveta”, procedimento burocrático bem conhecido que efetiva um grande desrespeito ao Estado democrático de direito à Justiça e ao Ministério Público e ao requerente que acionou o poder judiciário.

13. Como se vê a Procuradoria do Estado do Ceará se considera com autoridade excelsa e superlativa para dizer se esta ou aquela decisão do Juiz ou, do Desembargador, ou do Ministro deve ou não ser cumprida, se comporta ou não cumprimento a exemplo dos professores da UECE e dos soldados nesses concursos.    

NOSSO COMENTÁRIO NO JORNAL O POVO:

GILBERTO TELMO SIDNEY MARQUES
Mais que oportuna a citação da questão PISO SALARIAL dos professores da UECE. As reiteradas desobediências às decisões judiciais por parte da PGE, a mando do governo do estado, são hoje uma referência no tocante ao achincalhe e afronta às cortes de justiça do País. LITIGANTE DE MÁ-FÉ E CALOTEIRO.



QUAL O PROBLEMA? ARTIGO DO PROF. CAJUAZ FILHO SOBRE O PISO SALARIAL DOS PROFESSORES DA IES ESTADUAIS DO CEARÁ

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AMIGOS QUIXADAENSES
Ao longo de vinte cinco anos os professores das universidades estaduais mantidas pelo governo do estado do Ceará lutam para reconquistar o direito ao PISO SALARIAL que lhes foi concedido em lei e decreto sancionado pelo ex-governador prof. Luiz de GONZAGA Fonseca MOTA.
O Piso salarial foi pago nos meses de janeiro e fevereiro de 1987. Ao assumir o governo do estado em março de 1987 o sr. TASSO JEREISSATI suprimiu, arbitrariamente o PISO salarial e entrou na justiça através de uma "ação popular" conduzida pelo inexpressivo advogado Pragmácio de Tal. Em 1992 o SINDESP, nosso sindicato ajuizou ação junto à quarta vara da justiça do Trabalho da 7a. Região. Ganhamos  em todas as instâncias, inclusive no STF.No dia 01 de fevereiro de 2007 a sentença do Supremo, favorável a nossa causa, transitou em julgado. Inconformado o governo do estado, depois de várias manobras no Ceará, voltou ao Supremo com uma reclamação rejeitada por unanimidade em 01 de dezembro de 2011. Mesmo diante de tantas derrotas o governo do estado, afrontando todas as cortes de justiça do país, até a presente data não cumpriu a decisão judicial de reimplantar o Piso Salarial dos professores da IES estaduais. Leiamos esse desabafo do prof. Cajuaz Filho aposentado da UECE, postado no blog PISO SALARIAL AGORA
Apreciemos este lúcido comentário:



QUAL O PROBLEMA???


O Diário do Nordeste do dia 29 de janeiro de 2013 publicou artigo do Prof. Marcos José Diniz da Silva(*) cujo título é “Doa a quem doer.” Beleza pura!
O assunto ali tratado é a mais cristalina das verdades. No início do artigo, ele relembra,com alegria, a retomada do estado de direito e, consequência lógica, a independência dos três poderes que, segundo a Constituição, devem ser harmônicos e independentes,  não subservientes.
Se isso nos alegra também, a outra face da moeda nos entristece: “Quão incomodados ficam os governantes acostumados aos atos arbitrários, ao poder personalista e patrimonialista que amesquinha e imbeciliza o povo,” e eu acrescento, atemoriza e achincalha o poder judiciário sem dar bolas para suas decisões.
Como prova dessa verdade, ele apresenta dois casos: 1) A não obediência a um preceito constitucional que proíbe dar nomes de pessoas vivas a órgãos públicos, como acontece em Sobral, até mesmo com parentes do governador; 2) O desprezo e a desobediência à determinação do Ministério Público, pelo governador, quanto ao cachê da cantora Ivete Sangalo.
A resposta do governador quando questionado sobre o assunto: “Vou continuar promovendo essas festas doa a quem doer”.
Em ambos os casos, continua o articulista, nota-se uma harmonização entre os tribunais estaduais e o governador, assegurando-lhe mando absoluto e liberdade para o deboche aos princípios republicanos e à própria Justiça e conclui: Os incomodados que se ...”
Pegando a deixa do Prof. Diniz quero acrescentar mais um caso em que o governador afronta e achincalha a justiça: a implantação do piso salarial dos professores das universidades estaduais.
Esse affair já completou bodas de prata e, em 2007, o STF decidiu pela constitucionalidade da reivindicação dos professores. Agora, só uma coisa a fazer: implantá-lo.
A execução foi iniciada pelo Tribunal do Trabalho. Foi suspensa. Por quê? Mando absoluto e deboche do governador para com o Judiciário.
Na minha santa ignorância jurídica, a coisa é tão fácil de ser resolvida. O processo chegou às últimas instâncias. Foi decidido? Acabou-se. Doa a quem doer.
Como o Professor Diniz, apresento comprovação de minha afirmação.
Não há mais nada a discutir. Alea jacta est. A sorte está lançada. Agora quem for podre que se quebre.
Qual o motivo de o Tribunal do Trabalho postergar a execução de uma decisão do Supremo? Por que desembargador X, desembargador Y, desembargador Z e demais letras se julgam impedidos?
Será necessário sair de nossa região para fazer valer uma decisão da Suprema Corte da Justiça Brasileira?
Acredito que não. Os juízes são vitalícios nos seus cargos justamente para não terem medo de executarem as decisões da justiça e dar direito a quem o tem, quer agrade, quer desagrade. Por isso os juízes devem ser intemeratos e intimoratos.
Agora faço uma pergunta e espero uma resposta: Qual o problema?    

Prof. José Cajuaz


(*) O professor Marcos José Diniz é graduado com Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual do Ceará (UECE-1988), Especialista em Questões Teóricas e Metodológicas da História pela Universidade Federal do Ceará (UFC-1994), Mestre em Sociologia (UFC-2000) e Doutor em Sociologia (UFC-2009), com tese versando sobre atuação de maçons, espíritas e teosofistas no Ceará. É professor adjunto da Universidade Estadual do Ceará (UECE), desde 1992, lotado no Curso de História da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (FECLESC/Quixadá-Ce). Trabalha com temáticas vinculadas à história das religiões e religiosidades, história das idéias e movimentos sociais, especialmente Maçonaria e Espiritismo no Brasil. 
Extraído da plataforma Lattes (Texto informado pelo autor)

NO INFINITO: PADRE HAROLDO O INFATIGÁVEL BATALAHADOR DAS GRANDES CAUSAS

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AMIGOS QUIXADAENSES

Vamos continuar as nossas homenagens ao Padre Haroldo

Esta postagem resgata momentos importantes da atuação política corajosa do padre José HAROLDO Coelho, nosso colega, professor da UECE e companheiro na luta pela valorização dos professores e pela implantação do PISO SALARIAL. Seus gestos firmes delineiam, com precisão, a sua determinação na luta pelas grandes causas. Na internet há dezenas de manifestações de pesar pelo seu passamento. A publicação desses flagrantes é uma homenagem do blog a esse sacerdote indomável que lega para a posteridade um exemplo de combatividade, coragem e dignidade.
Assistamos:
Padre Haroldo na Greve dos Professores - na assembléia legislativa

Padre Haroldo na Praça do Ferreira em defesa da liberdade de Cesare Battisti

Em defesa da democracia direta

Sobre a ficha limpa



Apoiando a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio



E agora "Sonho impossível" de Chico Buarque







MORRE PADRE HAROLDO UM COMBATENTE NA LUTA POR JUSTIÇA, SOCIAL, LIBERDADES DEMOCRÁTICAS E DIREITOS HUMANOS

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EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA DE HOJE, SÁBADO, DIA 12 Amigos quixadaenses
Consternado, noticiamos esta informação publicada na edição on-line do jornal O POVO de sexta feira.. Mais um combatente de primeira hora deixa nosso convívio e é privado do seu direito ao PISO SALARIAL dos professores das universidades estaduais cearenses. Nas primeiras reuniões para lutar pelo PISO SALARIAL na quadra do CH era o seu discurso inflamado que nos inspirava. Há pouco menos de um ano, após a decisão do STF   rejeitando a "reclamação trabalhista" da PGE, ele voltou a se manifestar na grande assembléia geral no auditório da UECE. Até recentemente ela tratava da questão PISO SALARIAL nas homilias de suas missas dominicais da igreja do Carmo, denunciando a prepotência do governo do estado. 
O seu corpo foi sepultado ontem, por volta das dezoito horas no cemitério Parque da Paz. O velório aconteceu, durante todo o dia de ontem,  na igreja de Santa Edwiges na avenida Leste-Oeste e a missa de corpo presente foi oficiada pelo arcebispo de Fortaleza D. José Antonioi Aparecido Tosi Marques.
Leiamos a notícia do jornal O POVO:

PARADA RESPIRATÓRIA 11/01/2013 - 20h47

Morre Padre Haroldo, aos 77 anos, em Brasília


Faleceu às 21h30min desta sexta-feira, 11, em Brasília, o padre Haroldo Coelho, aos 77 anos. A informação é do assessor do padre, Alexandre Távora.
O religioso e militante político do Psol estava internado há 10 dias na UTI do Hospital Daher, no Lago Sul. Padre Haroldo foi à Brasília para passar as festas de fim de ano com familiares e foi internado na passagem do Ano Novo, devido a problemas respiratórios.
Nos últimos dois dias ele não vinha respondendo aos antibióticos e apresentava um quadro de infecção generalizada. Esta noite o religioso teve uma parada respiratória.
Biografia
José Haroldo Bezerra Coelho nasceu em 24 de março de 1935, em Fortaleza. Iniciou seus estudos religiosos no Seminário Menor dos Padres Lazaristas, no bairro Antônio Bezerra. Ordenou-se Diácono pela Diocese de Nova Friburgo, em 1963. No ano seguinte, na mesma diocese, recebeu ordenação presbiteral. Padre Haroldo recebeu sua ordenação definitiva em 29 de novembro de 1964, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, localizada no Centro de Fortaleza.
Padre Haroldo cursou a Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira, em São Paulo (Jesuítas) e licenciou-se também em Ciências Sociais. Fez pós-graduação na Universidade de Sorbonne, na França.
Nos anos 80 ele retornou ao Ceará. Foi professor da UECE e trabalhou no Santuário de Fátima, Igreja do Carmo e Paróquia de Nossa Senhora das Graças, no Pirambu.
Ex-militante do PT, atualmente o padre Haroldo era filiado ao PSOL.
Redação O POVO Online
Nota do blog: A matéria acima não mencionou que o padre Haroldo  foi um grande combatente em defesa da democracia, candidato a governador do estado em 1986 com o slogan "bote fé no seu voto"e um pioneiro da luta pelo PISO SALARIAL dos professores das universidades estaduais do Ceará e das escolhas públicas do estado.
Registramos aqui nossa comoção, nossa imensa tristeza ao companheiro de tantas batalhas e o compromisso de continuarmos a luta até o fim. O seu exemplo de dignidade será nosso nosso maior estímulo para prosseguirmos nessa jornada. Jamais o esqueceremos.
Nesta despedida vamos homenageá-lo com músicas selecionadas  Descansa em paz guerreiro padre Haroldo.

Agora as nossas homenagens ao guerreiro: